O dólar recuou frente ao real, cotado a R$ 6,05, impulsionado por especulações sobre políticas econômicas do governo de Donald Trump e dados econômicos dos EUA. As Bolsas americanas operaram em alta, refletindo dados de inflação abaixo do esperado, com o índice de preços ao produtor (PPI) subindo 0,2% em dezembro, abaixo das expectativas de 0,4%. Isso gerou expectativas de que o Federal Reserve possa manter as taxas de juros em níveis elevados por mais tempo. O Dow Jones subiu 0,38%, o S&P 500 0,20%, e o Nasdaq 0,18%.
O petróleo recuou após uma alta de US$ 80 por barril, com o mercado atento às sanções dos EUA à Rússia, visando enfraquecer sua receita petrolífera devido à guerra contra a Ucrânia. O petróleo Brent caiu 0,67%, enquanto o WTI teve queda de 0,62%. O Dólar também perdeu força após a notícia de que o governo de Trump poderia implementar tarifas de importação de maneira gradual, o que reduz impactos inflacionários imediatos.
As taxas de juros futuros operaram em queda, com a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 a 14,95% e para janeiro de 2027 a 15,32%. O Ibovespa começou o dia estável, com leve alta de 0,05%, a 119.064 pontos. A MRV foi a principal alta, com ganhos de 5,20%, após gerar R$ 422 milhões em caixa. O setor de mineradoras e siderúrgicas teve um desempenho misto, apesar do aumento de 2,22% no minério de ferro.
As petrolíferas apresentaram queda no início do pregão, acompanhando a queda do petróleo Brent. A Petrobras teve recuo de 0,02% nas ações ON e 0,19% nas PN, enquanto empresas como Prio e Brava Energia também operaram no negativo.
O dólar teve uma leve queda de 0,07%, a R$ 6,09, em um pregão marcado por um noticiário mais calmo. A alta do petróleo ajudou a sustentar o real, beneficiando o câmbio brasileiro devido à entrada de fluxo de dólares no país, característica do início do ano.
Fonte: Jornal O Globo.