Israel e Hamas concordaram com os termos de um cessar-fogo e troca de reféns após 15 meses de conflito na Faixa de Gaza. O anúncio foi inicialmente divulgado pela mídia israelense e confirmado por líderes internacionais, incluindo o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o atual presidente, Joe Biden. A proposta ainda precisa ser ratificada pelo gabinete israelense.
O acordo prevê a libertação de 33 reféns israelenses em troca de cerca de mil prisioneiros palestinos. Entre os reféns, crianças e mulheres serão priorizados, enquanto prisioneiros palestinos com penas perpétuas poderão ser enviados para terceiros países. A implementação inicial deve incluir a retirada de tropas israelenses de centros populacionais, a suspensão temporária de operações militares e a reabertura da passagem de Rafah para entrada de ajuda humanitária.
A trégua ocorre em três fases: uma interrupção temporária das hostilidades por 42 dias, negociações para reabertura de fronteiras e a continuidade das discussões sobre os prisioneiros. A guerra, iniciada em outubro de 2023, resultou em mais de 46 mil mortes em Gaza e cerca de 1,2 mil mortes em Israel, além de milhares de reféns e deslocados.
O cessar-fogo foi celebrado internacionalmente e representa um avanço diplomático mediado por países como Catar, Egito e Estados Unidos. No entanto, questões pendentes relacionadas à troca de prisioneiros e ao futuro da região permanecem em discussão.
Fonte: Jornal O Globo